sábado, julho 02, 2005


Eu, eu, eu,
Nada de nós no meu inteiro.
Eu, Mundo, me ergo em chama
No formigueiro que me consome,
no silêncio que me atormenta
nas pausas dos meus berros de solidão.
Peco na vastidão apertada
e cinjo-me do meu espraiar infundado,
Eu, Mundo, que me ergo em chama.

Tenho fome de tudo e tudo engulo
Pela vontade de ser Eu
Pela vontade de me encontrar
Para me agarrar e voltar a mergulhar
nas chamas podres das minhas entranhas.