quinta-feira, junho 01, 2006

Prometeu Agrilhoado e as Saudades do Palco

Pedro, eu não morro sem voltar a fazer teatro contigo.

Quando puderem vejam Prometeu Agrilhoado, peça de Ésquilo, pelo algarvio te-Atrito, fresquinho e cheio de promessas e sonhos cumpridos.


Tortura chinesa para quem morre de saudades de cada bocado do Palco e das luzes e das vozes que nos saem do estômago e do preto e do vermelho e do azul e da cerveja que rega bastidores e das roupas e dos olhares e do público que nos fulmina e que nós fulminamos, dos risos, do escuro, do escuro antes do início dos inícios, dos passos das pessoas a entrar na sala, da respiração, do ar, do cheiro a pó dos panos velhos e de tudo. E de ti, Pedro, e das pessoas todas que trazes atrás de ti e contigo. Porque gosto de invadir bastidores, mas gosto ainda mais que mos invadam a mim. De me sentir importante. De sentir que aquilo é tudo. Naquela sala ou noutra qualquer.

Um dia escrevo-te uma história. Uma que tu gostes de ler ainda mais do que as outras. Uma história de teatro. Ou não. Ou simplesmente uma história de nada e de tudo. Sem barbas e sem meninas.

Até mais um dia destes, em que te encontre no Palco, ou com uma cerveja na mão. Com a tranquilidade de quem não tem nem precisa de lei nem ordem nenhuma. Como eu te invejo e idolatro. Abraços.

3 Indiscrições:

Blogger Jingle cuspiu...

=D

julho 24, 2006 2:11 da tarde  
Anonymous Anónimo cuspiu...

Miúda, esse texto tá LINDO... És a maior...

Beijos

julho 29, 2006 12:42 da tarde  
Blogger M cuspiu...

isso é porque tu me percebes

novembro 09, 2006 5:13 da tarde  

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