Em bocadinhos de silêncio
eu faço-te.
Em bocadinhos de silêncio
eu faço-te e desfaço-te.
Num eterno entrançar
de tripas e lágrimas e sangue.
Num infinito enlaçar
de uma dança eternamente
e interminavelmente inacabada.
Numa ferida exangue
que eu te coso e que te mordo
Para, moribundo, no meu leito,
eternamente te demorares
Para nos meus braços
intemporalmente agonizares
como se o amor te prendesse
a esse meu abraço vital.
Como se esse meu aperto letal
fosse, sendo tua morte,
razão da tua vida.
eu faço-te.
Em bocadinhos de silêncio
eu faço-te e desfaço-te.
Num eterno entrançar
de tripas e lágrimas e sangue.
Num infinito enlaçar
de uma dança eternamente
e interminavelmente inacabada.
Numa ferida exangue
que eu te coso e que te mordo
Para, moribundo, no meu leito,
eternamente te demorares
Para nos meus braços
intemporalmente agonizares
como se o amor te prendesse
a esse meu abraço vital.
Como se esse meu aperto letal
fosse, sendo tua morte,
razão da tua vida.
=)