quinta-feira, junho 01, 2006

Em bocadinhos de silêncio
eu faço-te.

Em bocadinhos de silêncio
eu faço-te e desfaço-te.

Num eterno entrançar
de tripas e lágrimas e sangue.
Num infinito enlaçar
de uma dança eternamente
e interminavelmente inacabada.

Numa ferida exangue
que eu te coso e que te mordo

Para, moribundo, no meu leito,
eternamente te demorares

Para nos meus braços
intemporalmente agonizares
como se o amor te prendesse
a esse meu abraço vital.

Como se esse meu aperto letal
fosse, sendo tua morte,
razão da tua vida.

1 Indiscrições:

Blogger Jingle cuspiu...

=)

julho 24, 2006 2:10 da tarde  

espetar o dedo na fechadura ->Enviar um comentário

<< Lar doce lar