Olhas-me no fundo dos olhos
e o teu olhar é herege.
Viola o que se proíbe de tocar
ama com raivoso desespero engolido
o que não se alcança a conhecer,
o que não se ensinou a amar,
por dentro em ti não te teres perdido.
Sem braço que a leve
sem corpo que arraste,
a minha mão se estica em espasmos
ansiando o teu colo de abafo.
Morta de avisos e de silêncios,
enchente de vozes alheias,
contorço-me no teu olhar elevado,
sem me mexer em mim,
no respirar largado ao sufoco.
Assim deitados no mundo
a um passo e mil e uma distâncias
sinto o teu cheiro na língua,
o teu amor iminente na ponta dos dedos
de uns pés ansiando a inexistência.
Tu comes-me os cabelos que não vês.
Eu estico-te a pele que não tens,
em silêncio humano absoluto
que imerge abruptamente no meio
dos nossos gritos de prisioneiros.
O hoje não tem espaço
nem tem tempo,
no tempo e no espaço
que foram ontem.
Que se agarrem os beijos,
que se trinquem as mãos,
que se consumam os olhos,
que se enrolem os cabelos,
como se nascesse o mar.
Que se apertem pulmões,
que se encalhem as vozes,
que se ofusquem as palavras de mundo,
em corações que só fazem por bater,
transpondo o infinito, onde se fez o amor.
Ficaremos estendidos na relva
esgotado o universo
a água o fôlego
a pele o sangue
a luz e os olhos
onde só havia desejo a esvaziar.
Tu me findaste,
eu te engoli.
Tu pairas,
eu flutuo,
no nada a haver em nada absoluto.
Que o futuro nunca chegue,
que o presente não se passe,
esmorecendo em passado eterno
empurrando eternamente o infinito.
Que me fures com olhar,
que te puxe sem o braço,
até onde o tudo se fizer vento
sobre a pele arrepiada.
Que o nosso amor não se faça
para que seja eterno.
e o teu olhar é herege.
Viola o que se proíbe de tocar
ama com raivoso desespero engolido
o que não se alcança a conhecer,
o que não se ensinou a amar,
por dentro em ti não te teres perdido.
Sem braço que a leve
sem corpo que arraste,
a minha mão se estica em espasmos
ansiando o teu colo de abafo.
Morta de avisos e de silêncios,
enchente de vozes alheias,
contorço-me no teu olhar elevado,
sem me mexer em mim,
no respirar largado ao sufoco.
Assim deitados no mundo
a um passo e mil e uma distâncias
sinto o teu cheiro na língua,
o teu amor iminente na ponta dos dedos
de uns pés ansiando a inexistência.
Tu comes-me os cabelos que não vês.
Eu estico-te a pele que não tens,
em silêncio humano absoluto
que imerge abruptamente no meio
dos nossos gritos de prisioneiros.
O hoje não tem espaço
nem tem tempo,
no tempo e no espaço
que foram ontem.
Que se agarrem os beijos,
que se trinquem as mãos,
que se consumam os olhos,
que se enrolem os cabelos,
como se nascesse o mar.
Que se apertem pulmões,
que se encalhem as vozes,
que se ofusquem as palavras de mundo,
em corações que só fazem por bater,
transpondo o infinito, onde se fez o amor.
Ficaremos estendidos na relva
esgotado o universo
a água o fôlego
a pele o sangue
a luz e os olhos
onde só havia desejo a esvaziar.
Tu me findaste,
eu te engoli.
Tu pairas,
eu flutuo,
no nada a haver em nada absoluto.
Que o futuro nunca chegue,
que o presente não se passe,
esmorecendo em passado eterno
empurrando eternamente o infinito.
Que me fures com olhar,
que te puxe sem o braço,
até onde o tudo se fizer vento
sobre a pele arrepiada.
Que o nosso amor não se faça
para que seja eterno.
já que não consigo comentar no teu lado esquerdo,
comento no direito.
boa surpresa o (os) teu (teus) blog (blogs)
Micas têm de inventar novos adjectivos para ti! Já usei os outros todos, várias vezes. És a poetisa das sombras e dos contrastes. És tu!
Bom, é disto que eu gosto...nada mais tenho a dizer...amor, como é bonito o amor. Quanto mais recitas mais eu me deixo enamorar pelos teus poemas...és deveras uma grande artista, tu sabes fazer arte, tu sabes criar palavras de amor!
Parabéns!
Aki a redimir-me da outra vez k te pedi o endereço e acabei por não ter tempo de vir.. Adorei o poema.. Achei-o mt forte, às tantas jah me tava a sentir meio sufocada e td. Lool. Mx sim senhor, tá very deep, houve partes k me arrepiaram e me recordaram coisas maravilhosas e horrendas ao msm tmp =P..
Eu cá preferia não ter saído do passado.. K um certo passado ainda continuasse, e não precisava de haver presente nem futuro pk akele passado era td o k me bastava..
Enfim.. Jah sei k eh mau viver no passado.. E eu tnh uma tendência a fikar smp presa a algo k jah lá vai.. Ao menos k alguns d nós aproveitem o presente, já k o futuro eh na realidade nd + do k uma cruel ilusão.. =P
Bj****************************